quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Conhecimento e Cultura



Era na escola primária que a maioria das crianças aprendiam as primeiras letras da escrita,  os primeiros números da matemática, os primeiros traços do desenho e através da geografia, aprendiam os primeiros nomes das serras e dos rios de Portugal.

Em todas as aldeias havia uma escola e Castelões também tem a sua.


Embora fechada por decisão governamental, ela lá continua, forte, bonita e de traça original, mantendo ainda as pedras que de ambas as partes do terreiro serviam para marcar as balizas em frenéticos jogos da bola.


Para a comunidade, ela deveria ser o símbolo do conhecimento e  da sabedoria do povo e um orgulho para todos, sejam residentes ou não, por isso ela deveria ser preservada e estimada, evitando o abandono e degradação a que está sujeita.




Foi com esse propósito que surgiu a ideia de dar nova vida à escola através da instalação de um museu etnográfico, no sentido de recolher, preservar e mostrar, tudo o que foi usado pelos nossos antepassados no dia a dia das suas vidas. 


A ideia não foi muito bem aceite, questionando-se até a sua utilidade, mas os primeiros passos foram dados junto das autoridades municipais, solicitando a cedência do imóvel à Associação para os fins em vista, sendo diferida a nossa petição.


Depois dos primeiros dias de entusiasmo, em que o espaço foi limpo e as árvores aparadas, o assunto esmoreceu sem que se tenha falado de novo sobre o assunto.



A descoberta recente das Estelas colocadas na eira do forno, levantou novamente o assunto do museu e da utilidade que tinha, como espaço próprio para se exporem em segurança as ditas pedras de elevado valor histórico.


Felizmente temos na terra pessoas habilitadas e com vontade,  que se disponibilizaram para arrancar definitivamente com o projeto, pondo de imediato mãos à obra, mas, logo nas primeiras diligências  depararam com obstáculos provocados pelo laxismo e indiferença de alguém...


O desanimo é grande quando queremos remar para a frente, elevando o nome de Castelões e sentimos que outros remam no sentido contrário, contribuindo para o isolamento e consequente esquecimento da terra.

Mas a vontade e determinação de alguns é grande e por isso vamos  reformular o processo e transformar aquela que outrora foi a Casa do Conhecimento, na futura Casa da Cultura.




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